No post anterior, falamos sobre a influência do diabetes nas emoções e socialização da criança e do adolescente. Agora, iremos falar um pouco mais sobre a adolescência. Essa é uma época delicada, pois os pais ou cuidadores devem transferir suas responsabilidades no controle da glicemia para o adolescente. Sabendo que esse é um assunto difícil, a Associação Americana de Diabetes faz algumas sugestões:

  • Na adolescência, o cuidado com o diabetes pode diminuir, assim como a comunicação com os membros da família. Na tentativa de se encaixar em grupos de amigos, o adolescente poderá esconder ou diminuir seus cuidados com o diabetes, especialmente no ambiente escolar. Nesses casos, é importante que médicos, família e amigos ajudem o adolescente, promovendo atitudes de cuidado e compromisso com sua saúde. 
  • É preciso que os pais deleguem responsabilidades ao pré-adolescente ou adolescente conforme percebam que eles possuem uma maturidade adequada para isso. Transferir responsabilidades antes do tempo pode ocasionar um desequilíbrio no controle da glicemia. Converse com seu médico e inclua o pré-adolescente ou adolescente no diálogo sobre sua doença, para que eles possam, aos poucos, adquirir maturidade e comprometimento para a rotina de cuidados.
  • Quando uma maturidade emocional for atingida, médico, família e adolescente podem desejar um ajuste nas condutas para o controle do diabetes. Com o passar dos anos, esse adolescente, em seu contexto familiar e social, irá adquirir desenvolvimento cognitivo para entender as consequências de seu comportamento sobre o diabetes e suas complicações.

Assim como para qualquer outro aspecto da vida adolescente, manter uma relação de confiança com seu filho irá trazer benefícios, aumentando o controle da glicemia e possibilitando menos dificuldades ao lidar com as complicações do diabetes.

Adaptado do artigo: Psychosocial care for people with diabetes: a position statement of the American Diabetes Association. Revista científica: Diabetes care. Publicado no volume 39, de dezembro de 2016. Acesse o artigo original: http://care.diabetesjournals.org/content/39/12/2126.