Obesidade é um grave problema de saúde na atualidade, sendo que um em cada quatro crianças e adolescentes nos Estados Unidos são sobrepeso ou obesos. A obesidade está associado a complicações cardiometabólicas como o Diabetes Melitos tipo 2, hiperlipidemia, hipertensão arterial e outras consequências a longo prazo.
Obesidade infantil está associado a vários fatores de risco, dentre elas pode-se citar; índice de massa corpórea (IMC) da mãe antes da gestação, hábitos nutricionais, atividade física, duração do sono, e tempo de tela (screen time). Um dos fatores notado pela Comissão de Prevenção à Obesidade Infantil foi a função da população microbactérias do intestino. A colonização bacteriana do intestino se inicia ao nascimento e é influenciado por uma série de fatores dietéticos.
Evidências recentes sugerem que diversas bactérias podem extrair energia e influenciar no crescimento dos animais e humanos, sendo que o uso de antibióticos influenciam na diversidade microbacteriana da flora intestinal, principalmente quando em menores de 02 anos de idade.
O estudo foi composto por 65.480 crianças com idade entre 0 a 23 meses, nos anos de 2001 a 2009, sendo analisado os prontuários eletrônicos quanto à exposição destes pacientes ao uso de antibióticos e algumas outras medicações.
O uso de antibiótico foi a prescrição mais comum utilizada nas crianças com a faixa etária entre 0 a 23 meses, com 69% de pacientes com exposição em algum período nesta faixa etária.
O estudo concluiu que o uso repetido de antibióticos, particularmente de amplo espectro, em menores de 23 meses é um fator de risco para obesidade no futuro.
Antibióticos de pequeno espectro, recomendados como primeira linha do tratamento de determinada patologia, não estão associados à obesidade, mesmo após múltiplas exposições.
Fonte: Adaptado por artigo publicado em JAMA Pediatric., 29 de Setembro de 2014. doi:10.1001/jamapediatrics.2014.1539.