O hipotireoidismo é uma doença onde ocorre uma diminuição da produção dos hormônios da tireóide,  T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A tireóide é responsável pelo controle de muitas funções no nosso corpo. As manifestações clínicas do hipotireoidismo dependem principalmente da intensidade da deficiência hormonal e da idade em que essa deficiência se manifestou. Assim, quando a deficiência é importante e surge durante o período de vida intra-uterino, o recém-nascido pode apresentar aumento da língua, hérnia no umbigo, pele amarelada, aumento da tireóide e ainda dificuldades para sugar o peito materno. A falta do hormônio tireoideano durante o período de vida fetal e nos primeiros anos de vida tem conseqüências graves para o desenvolvimento da criança, podendo levar a um retardo mental permanente, o que é minimizado pela reposição precoce do hormônio. Por isso, todo o recém nascido, mesmo sem qualquer suspeita, deve excluir o hipotireoidismo através do teste do pezinho.
Já na criança, a doença pode se manifestar por pele seca e áspera, pálida ou mesmo amarelada, sonolência, prisão de ventre, diminuição da velocidade do crescimento e do rendimento escolar, aumento de peso.

A maioria dos adultos pode não apresentar queixas quando o hipotiroidismo é leve. No entanto, dependendo da gravidade da doença, o paciente pode manifestar queixas de pele seca, unhas quebradiças, queda de cabelos, intolerância ao frio, inchaços, prisão de ventre, fraqueza, desânimo, sonolência, lentidão e aumento do colesterol no sangue. Se o hipotireoidismo não for tratado e a deficiência do hormônio se agravar muito, o paciente pode apresentar o coma mixedematoso, uma situação extrema que requer internação e tratamento imediato.
O hipotireoidismo é confirmado pelo exame físico e pelas dosagens hormonais no sangue. Exames adicionais de sangue e exames de imagem são necessários para identificar-se a causa do hipotireoidismo. Na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto, uma disfunção autoimune. Por consequência, o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, diminuindo sua capacidade de produção dos hormônios, levando ao hipotireoidismo.