O que é hiperplasia adrenal congênita?
A hiperplasia adrenal congênita é uma doença genética que afeta a adrenal, glândula situada em cima dos nossos rins. A adrenal é responsável pela formação do cortisol, aldosterona e andrógenos. Para a formação destes hormônios, necessitamos de algumas enzimas que ajudam na sua produção. Na hiperplasia adrenal congênita, ocorre uma deficiência de alguma dessas enzimas, levando à deficiência do cortisol e o conseqüente acúmulo dos outros hormônios. A sua forma mais comum é causada pela deficiência da enzima 21-hidroxilase, responsável por até 95% dos casos. Esta pode ser perdedora ou não de sal. Caso seja a forma perdedora de sal, necessita de tratamento urgentemente. O diagnóstico precoce da doença é fundamental para evitar as graves consequências metabólicas e psicológicas. O diagnóstico é realizado pelo exame clínico e pela dosagem de hormônios específicos (17-OH-progesterona, androstenediona e testosterona), que se encontram persistentemente elevados. No diagnóstico, as meninas apresentam ao nascimento ambiguidade genital, devido ao excesso de hormônios masculinos que virilizam a genitália externa. Dependendo da deficiência enzimática, podemos encontrar desde um aumento de clitóris a uma genitália totalmente masculina, porém, sem a presença dos testículos. E este fato, caso não diagnosticado, pode induzir a classificar a criança como sexo masculino. Já os meninos, geralmente podem não ser diagnosticados ao nascimento, apresentando um quadro de virilização posterior, porém, quando se trata da forma perdedora de sal, ocorre um quadro de desidratação com 2 semana de vida, que se não tratado pode levar ao risco de morte. Desta forma, crianças com ambigüidade genital, com crescimento excessivo, ou com manifestações precoces de excesso de hormônios sexuais (acne, crescimento peniano, desenvolvimento de pêlos pubianos, etc) devem ser investigadas para hiperplasia congênita das adrenais. Somam-se ainda os lactentes com o quadro de desidratação, déficit de peso, hipovolemia e choque. É necessário um diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento adequado desses pacientes.
Quando é recomendado o uso de GH?
O tratamento de reposição (substituição) com GH está indicado em todo indivíduo, independente da faixa etária, que apresente deficiência da produção de GH pela hipófise. A deficiência de GH pode ter início na infância (nanismo hipofisário) ou na vida adulta, consequente, por exemplo, de um tumor da hipófise. Na infância, o GH também pode ser benéfico na baixa estatura em meninas com Síndrome de Turner, em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional, nos portadores da Síndrome de Prader-Willi, em crianças com insuficiência renal crônica, entre outros.
O que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo é uma doença onde ocorre uma diminuição da produção dos hormônios da tireóide, T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A tireóide é responsável pelo controle de muitas funções no nosso corpo. As manifestações clínicas do hipotireoidismo dependem principalmente da intensidade da deficiência hormonal e da idade em que essa deficiência se manifestou. Assim, quando a deficiência é importante e surge durante o período de vida intra-uterino, o recém-nascido pode apresentar aumento da língua, hérnia no umbigo, pele amarelada, aumento da tireóide e ainda dificuldades para sugar o peito materno. A falta do hormônio tireoideano durante o período de vida fetal e nos primeiros anos de vida tem conseqüências graves para o desenvolvimento da criança, podendo levar a um retardo mental permanente, o que é minimizado pela reposição precoce do hormônio. Por isso, todo o recém nascido, mesmo sem qualquer suspeita, deve excluir o hipotireoidismo através do teste do pezinho. Já na criança, a doença pode se manifestar por pele seca e áspera, pálida ou mesmo amarelada, sonolência, prisão de ventre, diminuição da velocidade do crescimento e do rendimento escolar, aumento de peso. A maioria dos adultos pode não apresentar queixas quando o hipotiroidismo é leve. No entanto, dependendo da gravidade da doença, o paciente pode manifestar queixas de pele seca, unhas quebradiças, queda de cabelos, intolerância ao frio, inchaços, prisão de ventre, fraqueza, desânimo, sonolência, lentidão e aumento do colesterol no sangue. Se o hipotireoidismo não for tratado e a deficiência do hormônio se agravar muito, o paciente pode apresentar o coma mixedematoso, uma situação extrema que requer internação e tratamento imediato. O hipotireoidismo é confirmado pelo exame físico e pelas dosagens hormonais no sangue. Exames adicionais de sangue e exames de imagem são necessários para identificar-se a causa do hipotireoidismo. Na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto, uma disfunção autoimune. Por consequência, o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, diminuindo sua capacidade de produção dos hormônios, levando ao hipotireoidismo.
Até quantos anos uma pessoa pode crescer?
O crescimento é um processo bastante dinâmico que inicia na concepção e se estende até a vida adulta, ocorrendo em intensidades variáveis nas diferentes fases da vida de uma criança e de um adolescente. Cada pessoa irá crescer enquanto seus ossos tiverem cartilagens de crescimento não calcificadas, independentemente da idade cronológica que ela apresente. O amadurecimento e a calcificação destas cartilagens de crescimento dependem principalmente da puberdade. Tomemos como exemplo dois jovens de mesma idade cronológica, porém em diferentes estágios de puberdade: aquele com um desenvolvimento mais avançado da puberdade provavelmente terá as cartilagens mais calcificadas e mais próximo de parar de crescer do que o outro que está apenas na fase inicial da puberdade. Da mesma maneira, uma menina de 10 anos de idade que esteja com as mamas desenvolvidas, com pêlos pubianos e já apresentou a primeira menstruação deve parar de crescer antes do que uma menina de 12 anos de idade que esteja apenas iniciando o desenvolvimento mamário. Este grau de amadurecimento das cartilagens pode ser avaliado com uma radiografia das mãos e dos punhos para avaliação da “idade óssea”. Há diferença entre meninos e meninas. Nos meninos, a puberdade e o estirão de crescimento começa em média 2 anos mais tarde do que nas meninas. Essa “demora” prolonga o crescimento antes da puberdade, que associado com um estirão mais intenso e um período de crescimento mais prolongado no sexo masculino, resulta que os homens sejam em média 13 cm mais altos que as mulheres.
Como calcular a estatura-alvo do meu filho?
O crescimento de uma criança é influenciado pelo potencial genético adquirido dos pais, associado a fatores que também agem no crescimento adequado como os fatores nutricionais, ambientais e ausência de doenças crônicas. A estatura-alvo pode ser calculada somando a altura do pai e a altura da mãe, dividindo o resultado por 2. Para as meninas, subtrai-se a este valor 6,5 cm, e para os meninos soma-se 6,5cm. Este resultado será o padrão familiar, desde que os pais não tenham doenças que possam ter afetado o crescimento.
Toda criança com baixa estatura precisa ser tratada?
Na maioria das vezes a criança é baixa, mas é absolutamente normal: a baixa estatura ocorre por ela ter pais baixos ou por ter um crescimento mais lento, mas com uma estatura final normal (próxima à linha inferior do gráfico). Nessas situações, geralmente apenas se acompanha o crescimento. Quando a investigação mostra que a baixa estatura resulta de alguma doença, ela deve ser tratada. São várias as causas de um crescimento deficiente, como desnutrição, erros alimentares, e qualquer doença crônica tem potencial para prejudicar o crescimento normal, incluindo as síndromes genéticas (como nas síndromes de Turner e de Noonan), crianças que nascem muito pequenas e não recuperam seu canal de crescimento até os 2 anos de idade, deficiência do hormônio de crescimento, hipotireoidismo, entre outras situações. Crianças baixas “normais” apresentam resposta variada quando utilizam o hormônio de crescimento, geralmente inferior às crianças com deficiência comprovada. Para a maioria das causas existe um tratamento específico, definido pelo pediatra ou pelo endocrinologista pediatra que a acompanha. Entretanto, há síndromes genéticas que não respondem a nenhum tratamento conhecido até hoje.
O que significa quando a idade óssea está atrasada ou avançada em relação à idade cronológica do meu filho?
A avaliação da idade óssea é realizada para verificar o desenvolvimento ósseo da criança, ou seja, seu grau de amadurecimento ósseo. É feito através do Raio-X de mão e punho esquerdo. Através da idade óssea, pode-se ter uma melhor idéia do tempo que ainda resta para uma criança ou adolescente crescer. A idade óssea pode ser diferente da idade cronológica, nem sempre representando um problema de saúde. O exame geralmente é parte da avaliação do crescimento e desenvolvimento sexual. Idade óssea atrasada até 2 anos, em uma criança que não tem problemas de saúde e cresce bem, significa que a mesma irá atrasar a entrada na puberdade, finalizando o crescimento em idade cronológica maior que as outras crianças. Já, uma idade óssea avançada, é necessário avaliação adequada, pois em alguns casos, pode-se ter uma quadro de puberdade precoce que necessitará tratamento.
Quando uma criança apresenta baixa estatura?
Uma criança tem baixa estatura quando cresce abaixo da última linha do gráfico ou está desacelerando sem motivo, saindo da faixa esperada para sua família. Estas situações devem ser investigadas cuidadosamente pelo pediatra ou endocrinologista pediátrico.
Quando é considerado uma puberdade atrasada?
Puberdade atrasada é quando não há caracteres sexuais secundários após os 13 anos em meninas e após os 14 anos em meninos. O atraso puberal também deve ser considerado naqueles que iniciam a puberdade em tempo normal, mas não completam o seu desenvolvimento.
Quais fatores interferem no crescimento?
Nos primeiros dois anos de vida a nutrição é o fator que mais interfere no crescimento. A partir dessa idade os fatores genéticos (como as alturas dos pais) passam a ter maior influência na determinação da estatura da criança. O crescimento também é influenciado pela alimentação, atividade física, doenças, uso de medicamentos e fatores psicológicos
Como é o crescimento normal?
No primeiro ano de vida as crianças crescem em média 25cm; no segundo, 12cm; no terceiro ano entre 7-8cm e a partir do quarto ano entre 5-7cm ao ano. Antes de entrar em puberdade elas desaceleram um pouco, o que é normal, e na puberdade a velocidade de crescimento pode chegar a 10-12cm ao ano. Após essa fase, o ritmo de crescimento diminui lentamente, até finalizar o crescimento.
Quem faz esporte cresce mais?
O crescimento de uma criança é multifatorial, vários aspectos estão envolvidos no crescimento e sua capacidade de atingir o máximo do seu pontencial de estatura. A atividade física leve a moderada tem efeito benéfico sobre o crescimento estatural e o desenvolvimento ósseo, enquanto a atividade física intensa atenua o crescimento, podendo causar atraso puberal e diminuição da mineralização esquelética. Converse com seu médico para avaliar a melhor atividade para seu filho.
O que significa “criança pequena para a idade gestacional”?
Ser pequeno para idade gestacional (PIG) ao nascer pode ser resultado de diversos fatores que incluem problemas fetais, da placenta, fatores maternos e ambiental. É geralmente diagnosticado quando o peso e/ou comprimento ao nascimento varia pelo menos 2 desvios-padrão abaixo da media para idade gestacional.
Uso abusivo de antibióticos na Infância é fator de risco para obesidade
Obesidade é um grave problema de saúde na atualidade, sendo que um em cada quatro crianças e adolescentes nos Estados Unidos são sobrepeso ou obesos. A obesidade está associado a complicações cardiometabólicas como o Diabetes Melitos tipo 2, hiperlipidemia, hipertensão arterial e outras consequências a longo prazo. Obesidade infantil está associado a vários fatores de risco, dentre elas pode-se citar; índice de massa corpórea (IMC) da mãe antes da gestação, hábitos nutricionais, atividade física, duração do sono, e tempo de tela (screen time). Um dos fatores notado pela Comissão de Prevenção à Obesidade Infantil foi a função da população microbactérias do intestino. A colonização bacteriana do intestino se inicia ao nascimento e é influenciado por uma série de fatores dietéticos. Evidências recentes sugerem que diversas bactérias podem extrair energia e influenciar no crescimento dos animais e humanos, sendo que o uso de antibióticos influenciam na diversidade microbacteriana da flora intestinal, principalmente quando em menores de 02 anos de idade. O estudo foi composto por 65.480 crianças com idade entre 0 a 23 meses, nos anos de 2001 a 2009, sendo analisado os prontuários eletrônicos quanto à exposição destes pacientes ao uso de antibióticos e algumas outras medicações. O uso de antibiótico foi a prescrição mais comum utilizada nas crianças com a faixa etária entre 0 a 23 meses, com 69% de pacientes com exposição em algum período nesta faixa etária. O estudo concluiu que o uso repetido de antibióticos, particularmente de amplo espectro, em menores de 23 meses é um fator de risco para obesidade no futuro. Antibióticos de pequeno espectro, recomendados como primeira linha do tratamento de determinada patologia, não estão associados à obesidade, mesmo após múltiplas exposições. Fonte: Adaptado por artigo publicado em JAMA Pediatric., 29 de Setembro de 2014. doi:10.1001/jamapediatrics.2014.1539.
Grupo de Diabetes
O diabetes é uma doença crônica que necessita de um acompanhamento adequado para evitar complicações a longo prazo. A International Diabetes Federation (IDF) divulgou números atualizados de casos de diabetes no mundo. São 285 milhões de pessoas, e o Brasil está em quinto lugar, com 7,6 milhões de casos. Anualmente, mais de 79 mil crianças no mundo abaixo de 15 anos desenvolvem Diabetes Tipo I. Devido às repercussões desta doença na vida do paciente e a maior necessidade de informação da doença, surgiu a idéia de criar este grupo de crianças que possuem o diagnóstico de Diabetes, chamado: “Uma vida doce para o diabetes”, no intuito de estabelecer uma integração entre as crianças diabéticas e seus responsáveis. Assim, através de encontros ao “ar livre” e bem descontraídos, pode-se trocar experiências com outros pacientes diabéticos, melhorar sua integração social, ajudar na aceitação da doença, buscar melhor controle da doença, e diminuir os riscos de complicações futuras. As principais complicações futuras e evitáveis no tratamento do diabetes são: Abaixo segue alguns vídeos: PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM ! ! !
O que fazer em casos de hipoglicemia e como evitar?
Queda de açúcar (Hipoglicemia) Identificação Sensação de tremores, fraqueza, fome, suor frio, nervosismo e/ou; Sonolência, dificuldade de raciocínio, confusão mental, agressividade ou desmaio. Geralmente ocorre quando a glicemia está abaixo de 60mg%. Em geral os sintomas acima acontecem ao mesmo tempo. O que fazer SE A PESSOA ESTIVER ACORDADA: Tomar um copo de suco de frutas com açúcar ou refrigerante não-dietético, ou água com açúcar, ou chupar duas a quatro balas não-dietéticas. SE A PESSOA ESTIVER DESMAIADA: Colocar açúcar ou mel (uma colher das de sopa cheia) entre a bochecha e os dentes. Não dê líquidos, não a force a abrir a boca e massageie a bochecha (provocando aumento de saliva, que derreterá o açúcar e fará com que ele seja engolido mais rapidamente). Quando a pessoa estiver acordando, dê suco de fruta, refrigerante não-dietético ou leite com pão ou bolachas, ou aplique uma ampola de glucagon (Glucagen) — metade da ampola, se for criança —, via intramuscular, endovenosa ou subcutânea (como se fosse insulina). Quando a pessoa acordar, faça com que ela coma algo. Atenção: Em hipoglicemias noturnas deve-se prevenir outra pessoa, que durma no mesmo quarto ou perto, sobre como agir em uma crise forte. Se tiver dúvida quanto à glicemia estar alta ou baixa, trate como se fosse hipoglicemia. Na hipoglicemia, tratada com açúcar ou glucagon, os sintomas melhoram após 10 a 15 minutos. Não continue comendo até passar a crise. Após comer o recomendado, espere 10 a 15 minutos; se ainda estiver com os sintomas de hipoglicemia, coma mais um pouco. Se tiver condições, meça a glicemia (com glicosímetro) após ter comido. “NÃO AGUENTE A CRISE” SEM COMER. ISTO É DANOSO PARA SUA SAÚDE. A SEGUIR, se a crise tiver sido muito forte, avise seu médico. Para evitar hipoglicemia O que fazer Manter os horários das refeições. Não pular refeições. Tentar não variar muito, os tipos e as quantidades de alimentos em cada refeição. Como fazer Comer de três em três horas (quando estiver usando insulina ou hipoglicemiantes orais). Comer antes das atividades físicas. Se o exercício for pouco intenso, comer pouca quantidade (uma fruta, um copo de leite); se o exercício for intenso, comer mais do que isso (por exemplo, um copo de leite + fruta ou um sanduíche pequeno, etc.) Se estiver usando insulina, quando for fazer exercícios que mexam muito as pernas aplique insulina nos braços; se também for mexer muito com os braços, aplique insulina na barriga. Atenção Após a crise de hipoglicemia às vezes ocorre aumento exagerado da taxa de açúcar no organismo, principalmente quando se demora a combatê-la, preferindo “aguentar a crise” , ao invés de comer, ou quando se exagera na comida, para tentar se livrar logo da crise. Avise seu médico se as crises forem freqüentes. Marque o horário da ocorrência dessas crises. Para evitar hipoglicemia durante os exercícios físicos Identificação Hipoglicemia (queda de glicemia) durante o exercício físico. Sensação de fraqueza, tremores, fome, suor profuso e palpitações, durante ou após exercício físico e esportes. Hipoglicemia pode ocorrer quando se faz uma atividade física (exercícios, esportes, trabalho físico pesado). O que fazer Parar a atividade física imediatamente e comer um alimento doce ou tomar um líquido adoçado com açúcar. Comer alguma coisa antes da atividade física. Caso já tiver se alimentado antes do exercício, não é necessário fazê-lo novamente. Se a atividade física for muito longa, durando horas, comer um lanche leve (quatro a seis bolachas salgadas, uma fruta grande, ou um copo de leite ou um suco de frutas), no meio da sessão de exercícios. Atenção A atividade física pode causar queda de açúcar no sangue. Essa alteração pode ser muito severa, com risco de desmaio ou até de coma. Ela pode ocorrer com qualquer atividade física. Para evitá-la, alimente-se antes do exercício físico. Isto não deve ser um obstáculo para o exercício físico; faca-o sempre que possível, pois a atividade física melhora o controle do diabetes. Glucagon Uma das condições mais preocupantes na saúde de um diabético é a hipoglicemia. A hipoglicemia pode ser combatida rapidamente com um copo de suco de laranja com açucar. O problema é quando a pessoa desmaia e fica inconsciente por causa da hipoglicemia. Nesse momento, podemos procurar um hospital rapidamente para que a pessoa com diabetes, que está desmaiada em “coma hipoglicêmico” tome uma injeção de glicose endovenosa ou podemos tratar a hipoglicemia em casa com uma injeção de glucagon. O glucagon, é um hormônio que faz a ação oposta da insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue e geralmente resolve as crises graves de hipoglicemia quando a pessoa está em coma e não consegue se alimentar. No Brasil, temos só uma apresentação comercial do Glucagon cujo nome comercial é Glucagen®, fabricado pelo laboratório NovoNordisk. A seguir imagens de como aplicar glucagon. Verifique a data de validade e mantenha a medicação na geladeira. Embalagem aberta Contém uma seringa com água destilada e uma ampola de glucagon em pó Primeiro passo: Misturando o glucagon em pó com a água destilada Retire a capa que recobre a agulha da seringa e injete toda a água destilada no frasco de glucagon em pó. É importante que você agite bastante o frasco para que todo o pó se dilua na água. Segundo passo: Aspirando o glucagon já preparado para aplicar Depois que todo o pó se diluiu, aspire novamente com a mesma seringa todo o conteúdo do frasco. Terceiro passo: Aplicando o glucagon. Aplique a medicação da mesma forma que se aplica a insulina. Também pode ser aplicado via Intramuscular – sua ação é um pouco mais rápida. As doses são para crianças pequenas ½ frasco Para adolescentes e adultos 1 frasco Autor: Walter Minicucci Fonte: Manual “Diabetes: O Que Fazer em Situações Especiais”
10 Coisas Que Você Precisa Saber Sobre Diabetes e Viagem
Ao viajar, sendo diabético, é necessário que se tome alguns cuidados específicos. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia preparou aqui uma lista com dicas do que se deve fazer e como se programar para viajar tendo diabetes. 1) Fazer um teste de Glicemia (ponta de dedo) antes de sair de casa para saber como está seu nível de glicose no sangue. 2) Leve sempre seu glicosimetro com tiras reagentes, lancetas, lancetador, sachês de álcool e pilhas extras. Estime o que for usar de medicamento e insumos, em toda a viagem, e leve no mínimo em quantidade suficiente para dois dias a mais do que o tempo total previsto, em sua bagagem de mão. 3) Se estiver de carro, pare a cada três ou quatro horas para fazer o teste de glicemia ou quando suspeitar de hipoglicemia. Aproveite para esticar as pernas e caminhar um pouco. 4) Mantenha um suprimento de lanches, caso haja um atraso inesperado nas refeições. Se estiver de carro ou ônibus, por exemplo, problemas no veículo ou engarrafamentos podem acontecer. Leve, então, suco de caixinha, bolachas, barra de cereal e ou sachês de glicose no porta luvas ou na mochila. 5) Se você estiver dirigindo e identificar sintomas de hipoglicemia, saia da estrada e espere até que os níveis de açúcar no sangue voltem ao normal e os sintomas parem. Quando a viagem for de avião, e ainda mais para o exterior, existem cuidados mais específicos: 6) Converse com o seu médico para que possa adequar o tempo de viagem, o fuso horário e as peculiaridades da região para onde vai com as suas doses e necessidades de insulina. Leve com você um relatório de seu médico (em português e inglês) explicando que você tem diabetes e que estará com medicamentos e insumos (como insulina, lancetas, seringas, canetas de aplicação de insulina) em seu poder para controle do diabetes. Peça ao seu médico para destacar o CID (Código internacional de Doenças) em sua declaração e mantenha-a com seus documentos como o Passaporte ou identidade. 7) Tenha receita para os seus medicamentos e insumos (também em português e inglês). Insulina, seringas, fita reagente, em sua bagagem de mão. 8) Tenha cópias duplicadas da receita e do relatório médico. O relatório médico e a receita são tão importantes quanto seu Passaporte, RG, CPF. Mantenha uma lista de medicações que você esteja carregando juntamente com esses documentos para agilizar a passagem pelas alfândegas. 9) Se durante o vôo necessitar medir sua glicemia explique rapidamente a quem estiver ao seu lado o que fará. 10) Tente evitar ficar sentado por longos períodos. Se possível, tome um assento no corredor para esticar as pernas, e quando possível andar pelo corredor. Fonte: SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia)
Conheça mais sobre a insulina inalável (Afrezza)
Uma nova fórmula de insulina por via inalatória foi aprovada pelo FDA (órgão dos EUA que controla alimentos e medicamentos) em Junho de 2014, chamada Affreza. Afrezza é um medicamento que é inalado, e que chega à circulação através dos pulmões, e assim ajuda no controle da glicemia nos momentos das refeições. O FDA aprovou o tratamento do Diabetes tipo I e tipo II. É um subtipo de insulina em pó de ação ultra-rápida. O pico do nível de insulina na corrente sanguínea é em torno de 12 a 15 minutos após a administração. Nos pacientes com diabetes tipo I, é necessário a utilização associada da insulina de absorção lenta. Na caixa do medicamento, há um alerta explicando que o Affreza pode causar constrição de vias aéreas em pacientes com DPOC ou Asma. Os pacientes com estas doenças não podem utilizar a medicação. Pacientes fumantes e aqueles que recentemente pararam de fumar (menos de 06 meses) também devem evitar o medicamento. Antes da utilização de Afrezza, é necessário um exame clínico detalhado e espirometria, para afastar potenciais doenças pulmonares em todos os pacientes. As mais comuns reações adversas associadas ao medicamento (cerca de 2%) são hipoglicemia, tosse, irritação/dor de garganta. Esta insulina inalável foi desenvolvida pela empresa MannKind, e ainda não foi lançado no Brasil, o que provavelmente deve ocorrer a partir do primeiro trimestre de 2015, e chegar no Brasil a partir de 2016. Aproximadamente $1.8 bilhões foram gastos para o desenvolvimento desta medicação. Antes da liberação desta medicação, foi comercializada entre 2005 e 2007, uma outra insulina inalável chamada Exubera, da empresa farmacêutica Pfizer. Entretanto, esta medicação foi retirada do mercado por falta de aceitação do público, provavelmente relacionado à falta de praticidade da medicação, que era do tamanho de uma lata de refrigerante e pelo elevado preço. Infelizmente, ainda não se sabe se é uma medicação segura para pacientes com menos de 18 anos, portanto indicado somente para adultos.
O que é baixa estatura?
Baixa estatura é definida quando a criança cresce abaixo de -2DP ou abaixo do Percentil 3 na curva de crescimento que é utilizada nas consultas para avaliação do paciente. Deve-se atentar também para toda criança que apresenta desaceleração de crescimento em relação ao percentil (estatura-alvo) dos pais ou criança que estejam crescendo abaixo do percentil dos pais (estatura-alvo).
O que é idade óssea?
Idade óssea é um método de avaliação de crescimento da criança. Com ele, avaliamos a maturação óssea que o paciente se encontra. É feito pela radiografia das mão e punhos e analisamos através de uma atlas específico, verificando se a mesma encontra-se atrasada, compatível ou avançada.